quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sobre a sublimação

(Contemplation du travail achevé, "Contemplação da obra concluída". Fotografia de Olivier Taugourdeau, França, 2005)

"Em um quadro, continua Lacan no Seminário 11, 'algo é dado como pastagem para o olho, mas ele (o pintor) convida aquele a quem o quadro é apresentado a depor aí o seu olhar, como se depõem as armas... algo é dado que comporta abandono' (...). O olhar adquire a função de objeto por ser justamente aquilo que se perde. É o impossível de se apreender".

(Antônio Quinet, "Um olhar a mais - Ver e ser visto na psicanálise". Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2004, p. 86 e 90)

Sobre a sublimação

(Contemplation du travail achevé, "Contemplação da obra concluída". Fotografia de Olivier Taugourdeau, França, 2005)

"Em um quadro, continua Lacan no Seminário 11, 'algo é dado como pastagem para o olho, mas ele (o pintor) convida aquele a quem o quadro é apresentado a depor aí o seu olhar, como se depõem as armas... algo é dado que comporta abandono' (...). O olhar adquire a função de objeto por ser justamente aquilo que se perde. É o impossível de se apreender".

(Antônio Quinet, "Um olhar a mais - Ver e ser visto na psicanálise". Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2004, p. 86 e 90)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sobre o olhar

("Larissa com o olhar perdido". Fotografia de William Hartmann, Cuiabá, 2005)

"No cruzamento dos dois olhares, o da Medusa e o de Perseu, que representam no mito respectivamente a figura do Outro e a do sujeito, um objeto cai: o olhar como objeto a com seu duplo aspecto: causa de desejo e fonte de angústia, provocando a ereção e o aniquilamento".

(Antônio Quinet, "Um olhar a mais - Ver e ser visto na psicanálise". Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2004, p. 93/94)

Sobre o olhar

("Larissa com o olhar perdido". Fotografia de William Hartmann, Cuiabá, 2005)

"No cruzamento dos dois olhares, o da Medusa e o de Perseu, que representam no mito respectivamente a figura do Outro e a do sujeito, um objeto cai: o olhar como objeto a com seu duplo aspecto: causa de desejo e fonte de angústia, provocando a ereção e o aniquilamento".

(Antônio Quinet, "Um olhar a mais - Ver e ser visto na psicanálise". Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2004, p. 93/94)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre o mais-de-olhar

(Katarina Vasilissa no filme L'Uomo che Guarda, "O Homem que Olha", de Tinto Brass, Itália, 1994)

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".

(José Saramago, Livro dos Conselhos in "Ensaio sobre a Cegueira". São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 10)

Sobre o mais-de-olhar

(Katarina Vasilissa no filme L'Uomo che Guarda, "O Homem que Olha", de Tinto Brass, Itália, 1994)

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".

(José Saramago, Livro dos Conselhos in "Ensaio sobre a Cegueira". São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 10)

domingo, 27 de junho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

Sobre o Amor

(Fotografia de Pamela Hanson, 2001)

Ele não sabia enquanto ela desejava.

Sobre o Amor

(Fotografia de Pamela Hanson, 2001)

Ele não sabia enquanto ela desejava.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Re-torno


O que está para além do divã é um outro divã, visto de um outro lugar.
.

Re-torno


O que está para além do divã é um outro divã, visto de um outro lugar.
.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais um

(Mais um Lamento de CéU, no Programa Zoombido, Canal Brasil, 2010)

Só pra matar um pouco a saudade, mesmo assim querendo que você não ouça.

Mais um

(Mais um Lamento de CéU, no Programa Zoombido, Canal Brasil, 2010)

Só pra matar um pouco a saudade, mesmo assim querendo que você não ouça.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lorgnon

(Foto Steampunk, França, 2009)

"Ana Sierguéievna olhava por um lorgnon para o navio e para os passageiros, como se estivesse à procura de gente conhecida, e seus olhos fulguravam quando se dirigia a Gurov. Falava muito, fazia perguntas entrecortadas, e ela própria esquecia imediatamente o que havia perguntado. Acabou perdendo o lorgnon".

("A dama do cachorrinho e outros contos", A.P. Tchekhov, tradução de Boris Schnaiderman, São Paulo: Ed. 34, 2009, p. 318)

Lorgnon

(Foto Steampunk, França, 2009)

"Ana Sierguéievna olhava por um lorgnon para o navio e para os passageiros, como se estivesse à procura de gente conhecida, e seus olhos fulguravam quando se dirigia a Gurov. Falava muito, fazia perguntas entrecortadas, e ela própria esquecia imediatamente o que havia perguntado. Acabou perdendo o lorgnon".

("A dama do cachorrinho e outros contos", A.P. Tchekhov, tradução de Boris Schnaiderman, São Paulo: Ed. 34, 2009, p. 318)

sábado, 19 de junho de 2010

Saudade

 (Pilar del Río e Jose Saramago no lançamento d'As Pequenas Memórias, em Madri, Espanha, 27.jan.07. Fotografia de Quim Llenas/Cover/Getty Images)

A Pilar, que o ama por toda a vida.

Saudade

 (Pilar del Río e Jose Saramago no lançamento d'As Pequenas Memórias, em Madri, Espanha, 27.jan.07. Fotografia de Quim Llenas/Cover/Getty Images)

A Pilar, que o ama por toda a vida.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bloomsday

(James Joyce, Irlanda, 1904, fotografia original em C. P. Curran Collection, UCD Library Special Collections)

Perguntaram se eu iria ao Bloomsday hoje. Não fazia a mais vaga idéia do que se tratava... Me disseram que o dia 16 de junho, na Irlanda, é um feriado em homenagem ao livro Ulisses, de James Joyce, e que amantes da literatura por todo o mundo comemoram esta data para relembrar os acontecimentos vividos pelos personagens nas dezesseis horas do dia 16 de junho de 1904, quando a história se desenrola. 

Me lembrei de uma certa viagem que fiz... um certo encontro. De um certo homem que conheci, de olhos azuis, que me falou de Joyce pela primeira vez. E fez mais. Ele me tirou pra dançar, em pleno vôo, e me falou de amor. Contei a ele o quanto a vida me encantava e o que a literatura representava para mim a partir disso, da experiência.  Não houve despedida.

Hoje, passados alguns anos, apesar de ainda não ter lido Ulisses - nem o outro, de Homero -, mas já sabendo que Joyce pretendeu imortalizar o dia 16 de junho de 1904 em seu livro por ter sido o dia em que fez amor pela primeira vez com Nora Bernacle - grande amor da sua vida -, ao ouvir falar sobre os cometas de Bloom pensei nesse retorno que não cessa, nesses reencontros inexoráveis - embora surpreendentes sempre -, e descobri que Joyce, para sempre, me levará àquele vôo. Me levará até ele.

Bloomsday

(James Joyce, Irlanda, 1904, fotografia original em C. P. Curran Collection, UCD Library Special Collections)

Perguntaram se eu iria ao Bloomsday hoje. Não fazia a mais vaga idéia do que se tratava... Me disseram que o dia 16 de junho, na Irlanda, é um feriado em homenagem ao livro Ulisses, de James Joyce, e que amantes da literatura por todo o mundo comemoram esta data para relembrar os acontecimentos vividos pelos personagens nas dezesseis horas do dia 16 de junho de 1904, quando a história se desenrola. 

Me lembrei de uma certa viagem que fiz... um certo encontro. De um certo homem que conheci, de olhos azuis, que me falou de Joyce pela primeira vez. E fez mais. Ele me tirou pra dançar, em pleno vôo, e me falou de amor. Contei a ele o quanto a vida me encantava e o que a literatura representava para mim a partir disso, da experiência.  Não houve despedida.

Hoje, passados alguns anos, apesar de ainda não ter lido Ulisses - nem o outro, de Homero -, mas já sabendo que Joyce pretendeu imortalizar o dia 16 de junho de 1904 em seu livro por ter sido o dia em que fez amor pela primeira vez com Nora Bernacle - grande amor da sua vida -, ao ouvir falar sobre os cometas de Bloom pensei nesse retorno que não cessa, nesses reencontros inexoráveis - embora surpreendentes sempre -, e descobri que Joyce, para sempre, me levará àquele vôo. Me levará até ele.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sobre a Copa e coisa e tal

(Miguel Torga em sua melhor torcida.) 

A hora é agora.
Mostra a tua garra, Brasil!

Sobre a Copa e coisa e tal

(Miguel Torga em sua melhor torcida.) 

A hora é agora.
Mostra a tua garra, Brasil!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Caminho

(Ilustração de Gustave Doré para A Divina Comédia, "Dante e Beatriz e a orla dos Anjos Celestiais", 1861)

Nisto Virgílio-pai (a humana sabedoria) deixa cair o manto, revela a sua verdadeira identidade, e desaparece.

(A Divina Comédia, Purgatório, Canto XXX, de Dante Alighieri, ou algo em torno disso)

Caminho

(Ilustração de Gustave Doré para A Divina Comédia, "Dante e Beatriz e a orla dos Anjos Celestiais", 1861)

Nisto Virgílio-pai (a humana sabedoria) deixa cair o manto, revela a sua verdadeira identidade, e desaparece.

(A Divina Comédia, Purgatório, Canto XXX, de Dante Alighieri, ou algo em torno disso)