Uma peça de Tchekhov, um bom cabernet sauvignon e alguma conversa fiada pelas bordas da noite. Essa era a idéia. Mal sabia ele que qualquer plano começando por Tchekhov não poderia dar muito certo com ela.
Ultrapassada a primeira metade da garrafa, perguntou ele sobre o amor e isso a fez lembrar de um antigo namorado que, depois de muitos anos, voltou só para dizer que, de fato, a havia amado.
- O que dizer de uma coisa dessas? ... Eu não disse nada.
- "Você me odiou naquela época?", ele me perguntou.
- Não.
- ...
- "Nunca teve vontade de me matar???"
- Nunca.
- ...
- "Então você não me amou".
Silêncio na mesa.
Ela levou a taça até os lábios, bebeu um pouco mais do vinho.
- Depois, houve um homem que eu não quis amar. Com ele foi diferente. Acho que não saberia explicar o que aconteceu. Sempre muito intenso, tudo muito grave. Não sei ao certo como terminou. Ele volta todos os dias para se despedir. Tenho medo de morrer quando estou longe. Quando estou perto não sei. Acho que é isso.
Ultrapassada a primeira metade da garrafa, perguntou ele sobre o amor e isso a fez lembrar de um antigo namorado que, depois de muitos anos, voltou só para dizer que, de fato, a havia amado.
- O que dizer de uma coisa dessas? ... Eu não disse nada.
- "Você me odiou naquela época?", ele me perguntou.
- Não.
- ...
- "Nunca teve vontade de me matar???"
- Nunca.
- ...
- "Então você não me amou".
Silêncio na mesa.
Ela levou a taça até os lábios, bebeu um pouco mais do vinho.
- Depois, houve um homem que eu não quis amar. Com ele foi diferente. Acho que não saberia explicar o que aconteceu. Sempre muito intenso, tudo muito grave. Não sei ao certo como terminou. Ele volta todos os dias para se despedir. Tenho medo de morrer quando estou longe. Quando estou perto não sei. Acho que é isso.