sábado, 31 de maio de 2008

Valeu a intenção...

É... a moeda caiu.
... Mas adivinha?
EU FIZ UM PEDIDO!!!
.
;-)

Valeu a intenção...

É... a moeda caiu.
... Mas adivinha?
EU FIZ UM PEDIDO!!!
.
;-)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Maracanã. Dia 04/06/08. Você está convidado para a nova invasão.

Meu pai saiu de si, entrou no avião - plagiando Saritos! - e foi para a Buenos Aires empurrar o Fluminense para cima do Boca!

Ontem, entre um recurso e outro, recebi a ligação dele em êxtase, quase afônico, relembrando com alegria a nova versão daquela doce canção:

- TU ÉÉÉS "TIME" DE MARICÓÓÓN... CORNO, BOLOTO Y CAGÓÓÓN... ADIOS BOCAAAA!

Carilhos, que maneiro!!!

Quarta tô lá...

Maracanã. Dia 04/06/08. Você está convidado para a nova invasão.

Meu pai saiu de si, entrou no avião - plagiando Saritos! - e foi para a Buenos Aires empurrar o Fluminense para cima do Boca!

Ontem, entre um recurso e outro, recebi a ligação dele em êxtase, quase afônico, relembrando com alegria a nova versão daquela doce canção:

- TU ÉÉÉS "TIME" DE MARICÓÓÓN... CORNO, BOLOTO Y CAGÓÓÓN... ADIOS BOCAAAA!

Carilhos, que maneiro!!!

Quarta tô lá...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Dá-lhe Cléo Perez

Sábado. Oito e meia da noite.
Fazia frio. Uns dezoito graus (o que para mim já é bem frio).
Meu filho, com o pai.
Eu, no mercado (sim, eu adoro mercado).
Estava começando a gostar da idéia de passar na Blockbuster, assar uma pizza, abrir uma boa garrafa de vinho, que está lá em casa há alguns meses à espera de uma ocasião especial - que está difícil de acontecer –, e passar a noite na melhor companhia do mundo naquelas circunstâncias: a minha.
Eis que o telefone toca. Número não identificado. Uma voz masculina com uma empolgação de dar inveja a qualquer histérico recém transpassado pela angústia da castração:

- E AEEEEEEEEEEEEEEE!!! FAAAAALA BELAAAAAAA!!!! Cadê você, mulher?!! Nem me ligou na semana passada, hein?! Sacanagem...

Amigo de longa data. Leia-se: A-M-I-G-O. Recém separado. Felicidade típica de quem acabou de entrar para o clube.

- E aí, filho? Tudo bem?
- POOOOOOOORRA... tô no churrasco de um amigo meu, aqui perto da sua casa, desde o meio dia... Já viu né?! Mas e aí, qual a boa?!

Pronto. Naquele momento, já tinha certeza de que ainda não seria naquela noite que derrubaria a tal garrafa de vinho; mas como mulher é bicho carente, fiz doce:

- Então... Estava me preparando ficar embrulhadinha em casa... Por quê? Qual é o plano?
- BUKO!

Era a senha.
- CLARO que vamos. A que horas?

E corre pro caixa. Paga as compras. Joga tudo na mala do carro. Corre pra casa. Tira tudo da mala. Põe tudo no carrinho de compras do prédio (ufff...). Sobe o elevador. Tira tudo do carrinho e joga no chão da cozinha (uffffffffffffff...). Carrinho no elevador (sozinho, claro). Volta para a cozinha. Olha a zona que terá que arrumar...
... E começa a ficar com preguiça de sair...

Se já não tivesse feito algumas ligações para suas amigas no caminho até a casa, poderia até desistir, mas agora, com a mulherada ouriçadíssima para conhecer o amigo recém-solteiro, não tinha mais essa escolha.

E vamos nós.

Bar cheio. Cerveja gelada. “Roquenrol” da melhor qualidade. Amigas balzaquianas cheias de hormônios e histórias para contar. Fórmula perfeita para a diversão garantida.

A primeira, dizendo ver o mundo bege ao lado do gatinho atual, se deliciava com a idéia de viver uma paixão avassaladora, enquanto esperava o telefone tocar – porque, afinal, estavam meio brigados naquela noite.

A segunda, dizendo estar tranqüilíssima na sua condição de solteira, relembrava amores passados e perguntava pelo amigo recém-solteiro da amiga, que na última ligação disse estar em Botafogo e ainda não havia chegado.

Eu, semi-cansada do mercado, semi-cansada da vida de solteira, semi-revoltada com o desfecho do último relacionamento – que me rendeu um lindo cooler e lindas fotos tipo anúncio de margarina –, preferi me concentrar na cerveja gelada, no “roquenrol” da melhor qualidade e nas divertidíssimas histórias das amigas balzaquianas cheias de hormônios.

E lá vêm eles.

O amigo recém-solteiro.
Os amigos do amigo recém-solteiro.
E o mais curioso: vieram em mesmo número que nós. Era, praticamente, um para um – se todos ali estivessem dispostos a um “corpo-a-corpo”.

Pensei comigo: "Homem é bicho bobo mesmo..."

Mas vamos em frente.

Papo vai. Papo vem. O grandão sacou logo de saída que não teria jogo comigo – a maior de todas – e sumiu. Talvez em um gesto de lealdade para com seus amigos de estatura menos privilegiada... Talvez porque simplesmente não gostou de ninguém e não estava a fim de ficar batendo papo... ENFIM, isso não tem a menor importância para a história.

Na pista, cansada de ficar esperando o celular tocar, a amiga semi-solteira resolveu desligar - inclusive o aparelho - e procurar cores mais vivas no mundo ao seu redor. E nessa onda, o amigo riponga do amigo recém-solteiro se apaixonou e enfrentou um grande problema: não conseguia nem tirar os olhos da menina e nem se aproximar dela. Perdeu pontos.

O amigo recém-solteiro chegou de sola na amiga solteira-convicta, se apaixonaram, casaram, tiveram muitos filhos e viveram felizes para sempre naquela noite.

Enquanto o amigo riponga continuava fazendo feio, a amiga semi-solteira-fora-da-área-de-cobertura resolveu ligar o celular novamente – só para que o futuro-ex-gatinho não tivesse mais esse argumento na briga do dia seguinte – e me chamou para mostrar alguém que chegava ao recinto:

- Olha lá. Aquela ali não é a Cléo Perez?
- Sei lá. Acho que é...
- Bonita a desgraçada, né...
- É... mais ou menos...
- Ih... parou do nosso lado.
- Parece que sim...
- Ela é da minha altura, hein?
- Sei lá... Acho que é...
- Ih... ela tá rebolando pra cá. Será que ela é sapata?
- Caralho, filha... tu tá a fim da Cléo Perez? Na boa!!! Calma aí! O gatinho vai ligar! E se não ligar, foda-se! Tá cheio de cara bacana no mundo.

Não se mente para uma amiga dessa forma, eu sei, mas naquele momento de desespero, não consegui pensar em nada melhor.

- E vamos dançar pra lá, porque a concorrência aqui tá desleal!

Fomos gargalhando para o outro lado da pista, estabelecendo metas e diretrizes para não abandonarmos o plano de continuarmos habitando o universo heterosexual – afinal de contas, depois dos trinta, de tantas desilusões, frustrações e aborrecimentos, a paciência com os homens, de fato, começa a ficar escassa.

E lá fomos nós... E o amigo riponga também. Claro.

Mais cerveja gelada. “Roquenrol” da melhor qualidade. Amigas balzaquianas semi-sonolentas, com os hormônios já semi-adormecidos, e nas cabeças, só merda: “ah, se ele estivesse aqui”, “ah, se ele não fosse tão babaca”, “ah, se ele fosse pra puta que o pariu”...

Na boa: Hora de ir para casa.

No carro, os últimos comentários infames sobre os personagens bizarros da noite, e a dúvida de sempre: “Por onde será que os caras maneiros devem estar a essa hora, hein...?”

- Dormindo, porra! Já são quase seis da manhã!

Quatro semanas depois...
Quinta-feira. Onze e pouca da manhã.
Sol forte lá fora. Escritório gelado. Vontade "zero" de trabalhar.
Destino dos personagens: O amigo recém-solteiro continua solteiro, porque foi com muita sede ao pote da amiga solteira-convicta, que se apavorou e saiu correndo depois do terceiro encontro em uma única semana e algumas ligações no meio do dia.
A amiga semi-solteira enrolada com o gatinho bege terminou com ele, logo descobriu que o daltonismo era seu, voltou atrás, admitiu que, na verdade, estava com muito medo da vida das cores, e hoje está muito bem – obrigada – com aquele que já se arrisca a chamar de N-A-M-O-R-A-D-O.
O amigo grandão do amigo recém-solteiro nunca mais foi visto depois que saiu correndo pelas ruas de Botafogo naquela noite, sabe-se lá por quê.
Eu estou aqui pensando que, às vezes, coisas muito bacanas acontecem debaixo do nosso nariz, mas estamos quase sempre muito “pré-ocupados” para perceber...
... E por falar nisso, por onde andará o amigo riponga, hein?

Ah, e a garrafa de vinho continua lá em casa. Agora esperando apenas a pizza, o filminho da Blockbuster e a próxima noite fria, que virá.

Dá-lhe Cléo Perez

Sábado. Oito e meia da noite.
Fazia frio. Uns dezoito graus (o que para mim já é bem frio).
Meu filho, com o pai.
Eu, no mercado (sim, eu adoro mercado).
Estava começando a gostar da idéia de passar na Blockbuster, assar uma pizza, abrir uma boa garrafa de vinho, que está lá em casa há alguns meses à espera de uma ocasião especial - que está difícil de acontecer –, e passar a noite na melhor companhia do mundo naquelas circunstâncias: a minha.
Eis que o telefone toca. Número não identificado. Uma voz masculina com uma empolgação de dar inveja a qualquer histérico recém transpassado pela angústia da castração:

- E AEEEEEEEEEEEEEEE!!! FAAAAALA BELAAAAAAA!!!! Cadê você, mulher?!! Nem me ligou na semana passada, hein?! Sacanagem...

Amigo de longa data. Leia-se: A-M-I-G-O. Recém separado. Felicidade típica de quem acabou de entrar para o clube.

- E aí, filho? Tudo bem?
- POOOOOOOORRA... tô no churrasco de um amigo meu, aqui perto da sua casa, desde o meio dia... Já viu né?! Mas e aí, qual a boa?!

Pronto. Naquele momento, já tinha certeza de que ainda não seria naquela noite que derrubaria a tal garrafa de vinho; mas como mulher é bicho carente, fiz doce:

- Então... Estava me preparando ficar embrulhadinha em casa... Por quê? Qual é o plano?
- BUKO!

Era a senha.
- CLARO que vamos. A que horas?

E corre pro caixa. Paga as compras. Joga tudo na mala do carro. Corre pra casa. Tira tudo da mala. Põe tudo no carrinho de compras do prédio (ufff...). Sobe o elevador. Tira tudo do carrinho e joga no chão da cozinha (uffffffffffffff...). Carrinho no elevador (sozinho, claro). Volta para a cozinha. Olha a zona que terá que arrumar...
... E começa a ficar com preguiça de sair...

Se já não tivesse feito algumas ligações para suas amigas no caminho até a casa, poderia até desistir, mas agora, com a mulherada ouriçadíssima para conhecer o amigo recém-solteiro, não tinha mais essa escolha.

E vamos nós.

Bar cheio. Cerveja gelada. “Roquenrol” da melhor qualidade. Amigas balzaquianas cheias de hormônios e histórias para contar. Fórmula perfeita para a diversão garantida.

A primeira, dizendo ver o mundo bege ao lado do gatinho atual, se deliciava com a idéia de viver uma paixão avassaladora, enquanto esperava o telefone tocar – porque, afinal, estavam meio brigados naquela noite.

A segunda, dizendo estar tranqüilíssima na sua condição de solteira, relembrava amores passados e perguntava pelo amigo recém-solteiro da amiga, que na última ligação disse estar em Botafogo e ainda não havia chegado.

Eu, semi-cansada do mercado, semi-cansada da vida de solteira, semi-revoltada com o desfecho do último relacionamento – que me rendeu um lindo cooler e lindas fotos tipo anúncio de margarina –, preferi me concentrar na cerveja gelada, no “roquenrol” da melhor qualidade e nas divertidíssimas histórias das amigas balzaquianas cheias de hormônios.

E lá vêm eles.

O amigo recém-solteiro.
Os amigos do amigo recém-solteiro.
E o mais curioso: vieram em mesmo número que nós. Era, praticamente, um para um – se todos ali estivessem dispostos a um “corpo-a-corpo”.

Pensei comigo: "Homem é bicho bobo mesmo..."

Mas vamos em frente.

Papo vai. Papo vem. O grandão sacou logo de saída que não teria jogo comigo – a maior de todas – e sumiu. Talvez em um gesto de lealdade para com seus amigos de estatura menos privilegiada... Talvez porque simplesmente não gostou de ninguém e não estava a fim de ficar batendo papo... ENFIM, isso não tem a menor importância para a história.

Na pista, cansada de ficar esperando o celular tocar, a amiga semi-solteira resolveu desligar - inclusive o aparelho - e procurar cores mais vivas no mundo ao seu redor. E nessa onda, o amigo riponga do amigo recém-solteiro se apaixonou e enfrentou um grande problema: não conseguia nem tirar os olhos da menina e nem se aproximar dela. Perdeu pontos.

O amigo recém-solteiro chegou de sola na amiga solteira-convicta, se apaixonaram, casaram, tiveram muitos filhos e viveram felizes para sempre naquela noite.

Enquanto o amigo riponga continuava fazendo feio, a amiga semi-solteira-fora-da-área-de-cobertura resolveu ligar o celular novamente – só para que o futuro-ex-gatinho não tivesse mais esse argumento na briga do dia seguinte – e me chamou para mostrar alguém que chegava ao recinto:

- Olha lá. Aquela ali não é a Cléo Perez?
- Sei lá. Acho que é...
- Bonita a desgraçada, né...
- É... mais ou menos...
- Ih... parou do nosso lado.
- Parece que sim...
- Ela é da minha altura, hein?
- Sei lá... Acho que é...
- Ih... ela tá rebolando pra cá. Será que ela é sapata?
- Caralho, filha... tu tá a fim da Cléo Perez? Na boa!!! Calma aí! O gatinho vai ligar! E se não ligar, foda-se! Tá cheio de cara bacana no mundo.

Não se mente para uma amiga dessa forma, eu sei, mas naquele momento de desespero, não consegui pensar em nada melhor.

- E vamos dançar pra lá, porque a concorrência aqui tá desleal!

Fomos gargalhando para o outro lado da pista, estabelecendo metas e diretrizes para não abandonarmos o plano de continuarmos habitando o universo heterosexual – afinal de contas, depois dos trinta, de tantas desilusões, frustrações e aborrecimentos, a paciência com os homens, de fato, começa a ficar escassa.

E lá fomos nós... E o amigo riponga também. Claro.

Mais cerveja gelada. “Roquenrol” da melhor qualidade. Amigas balzaquianas semi-sonolentas, com os hormônios já semi-adormecidos, e nas cabeças, só merda: “ah, se ele estivesse aqui”, “ah, se ele não fosse tão babaca”, “ah, se ele fosse pra puta que o pariu”...

Na boa: Hora de ir para casa.

No carro, os últimos comentários infames sobre os personagens bizarros da noite, e a dúvida de sempre: “Por onde será que os caras maneiros devem estar a essa hora, hein...?”

- Dormindo, porra! Já são quase seis da manhã!

Quatro semanas depois...
Quinta-feira. Onze e pouca da manhã.
Sol forte lá fora. Escritório gelado. Vontade "zero" de trabalhar.
Destino dos personagens: O amigo recém-solteiro continua solteiro, porque foi com muita sede ao pote da amiga solteira-convicta, que se apavorou e saiu correndo depois do terceiro encontro em uma única semana e algumas ligações no meio do dia.
A amiga semi-solteira enrolada com o gatinho bege terminou com ele, logo descobriu que o daltonismo era seu, voltou atrás, admitiu que, na verdade, estava com muito medo da vida das cores, e hoje está muito bem – obrigada – com aquele que já se arrisca a chamar de N-A-M-O-R-A-D-O.
O amigo grandão do amigo recém-solteiro nunca mais foi visto depois que saiu correndo pelas ruas de Botafogo naquela noite, sabe-se lá por quê.
Eu estou aqui pensando que, às vezes, coisas muito bacanas acontecem debaixo do nosso nariz, mas estamos quase sempre muito “pré-ocupados” para perceber...
... E por falar nisso, por onde andará o amigo riponga, hein?

Ah, e a garrafa de vinho continua lá em casa. Agora esperando apenas a pizza, o filminho da Blockbuster e a próxima noite fria, que virá.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Dois Pra Lá, Dois Pra Cá

São dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Parece fácil, mas não é...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Exige vontade, desprendimento, coragem...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Tenho exercitado há algum tempo, mas só agora começo a ver resultado...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Porque descobri que quando se está preso a regras, ouve-se pouco da música...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Ah, a música...)

............
............
(Essa música que agora escuto...)

............
............
(Música que me toma e me faz sorrir...)

............
............
(Música que me leva aonde quero ir... e somente onde quero ir...)

............
............
(Música que me faz dançar... Dois pra lá... Dois pra cá...)

Dois Pra Lá, Dois Pra Cá

São dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Parece fácil, mas não é...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Exige vontade, desprendimento, coragem...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Tenho exercitado há algum tempo, mas só agora começo a ver resultado...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Porque descobri que quando se está preso a regras, ouve-se pouco da música...)

Dois pra lá, dois pra cá.
Dois pra lá, dois pra cá.
(Ah, a música...)

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(Essa música que agora escuto...)

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(Música que me toma e me faz sorrir...)

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(Música que me leva aonde quero ir... e somente onde quero ir...)

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(Música que me faz dançar... Dois pra lá... Dois pra cá...)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ê feriado...

Quando a noite acaba, o sol começa a raiar, o sono chega, a vontade de fazer xixi aumenta proporcionalmente à velocidade do carro, você se lembra que é feriado por não conseguir acessar nenhuma das vias que leva a sua casa e escuta ao longe uma voz que diz baixinho (afinal, é fim de festa e você está surda):
- Viu? Gostou da surpresa? Mandei fechar todas as ruas pra gente não voltar para casa hoje! Todos esses cones nos levam a um só lugar...
Aí você pensa: "É... Tô velha".

Ê feriado...

Quando a noite acaba, o sol começa a raiar, o sono chega, a vontade de fazer xixi aumenta proporcionalmente à velocidade do carro, você se lembra que é feriado por não conseguir acessar nenhuma das vias que leva a sua casa e escuta ao longe uma voz que diz baixinho (afinal, é fim de festa e você está surda):
- Viu? Gostou da surpresa? Mandei fechar todas as ruas pra gente não voltar para casa hoje! Todos esses cones nos levam a um só lugar...
Aí você pensa: "É... Tô velha".

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cooler bóia?

Ganhar um cooler é legal.
Ganhar um cooler de presente de casamento é bem legal.
Ganhar um cooler de presente de casamento do cara que se ama é sensacional.
Ganhar um cooler de presente de casamento do cara que se ama e enchê-lo de cerveja no dia do aniversário (já que o namoro é recente e o casamento distante) é extraordinário.
Ganhar um cooler de presente de casamento do cara que se ama, enchê-lo de cerveja no dia do aniversário e ficar olhando para ele depois que o noivo casou com outra.... é uma merda.
Assim, já que merda e "cooler" tem alguma relação, e pimenta no "cooler" dos outros é refresco, pensei em lançar o regalo ao mar para descobrir se, afinal, "cooler bóia ou não bóia"?

O que vocês acham?
As respostas mais criativas ganharão uma passagem de ônibus à praia de Piratininga para assistir, com exclusividade, ao incrível lançamento de cooler ao mar, com direito à choppinho e gurjão de peixe.
Comente, vote. Sua opinião é muito importante para nós.

Cooler bóia?

Ganhar um cooler é legal.
Ganhar um cooler de presente de casamento é bem legal.
Ganhar um cooler de presente de casamento do cara que se ama é sensacional.
Ganhar um cooler de presente de casamento do cara que se ama e enchê-lo de cerveja no dia do aniversário (já que o namoro é recente e o casamento distante) é extraordinário.
Ganhar um cooler de presente de casamento do cara que se ama, enchê-lo de cerveja no dia do aniversário e ficar olhando para ele depois que o noivo casou com outra.... é uma merda.
Assim, já que merda e "cooler" tem alguma relação, e pimenta no "cooler" dos outros é refresco, pensei em lançar o regalo ao mar para descobrir se, afinal, "cooler bóia ou não bóia"?

O que vocês acham?
As respostas mais criativas ganharão uma passagem de ônibus à praia de Piratininga para assistir, com exclusividade, ao incrível lançamento de cooler ao mar, com direito à choppinho e gurjão de peixe.
Comente, vote. Sua opinião é muito importante para nós.

Dia das mães!

Há coisas na vida que, realmente, não têm preço...
Este cartão é um exemplo!

Filhote que eu amo muito, muito, muito, muito, muito!!!
Obrigada por fazer de mim a mãe mais feliz - como podem ver - desse MUNDO!!!

TE AMOOOOO!!!

Dia das mães!

Há coisas na vida que, realmente, não têm preço...
Este cartão é um exemplo!

Filhote que eu amo muito, muito, muito, muito, muito!!!
Obrigada por fazer de mim a mãe mais feliz - como podem ver - desse MUNDO!!!

TE AMOOOOO!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ai caralho...

Perguntou para o amigo:
- Quando tem vontade de MATAR alguém, o que você faz?
[Precisava urgentemente de novas idéias para diversificar um pouco suas ocupações sublimatórias.]

E ele respondeu:
- Bem, essa vontade eu só tenho para com flamenguistas... Mas, respondendo a sua pergunta: Se puder, eu mato.

Lição do dia: “A vida é simples. A gente é que complica”.

Ai caralho...

Perguntou para o amigo:
- Quando tem vontade de MATAR alguém, o que você faz?
[Precisava urgentemente de novas idéias para diversificar um pouco suas ocupações sublimatórias.]

E ele respondeu:
- Bem, essa vontade eu só tenho para com flamenguistas... Mas, respondendo a sua pergunta: Se puder, eu mato.

Lição do dia: “A vida é simples. A gente é que complica”.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Filosofópolis, Psicolândia e Outras Viagens

Há algumas semanas, recebi o e-mail de um grande amigo com um “convite” à reflexão sobre a entrevista de um psiquiatra gaúcho, intitulada “A prisão de cada um”, no qual o médico sustentava que “o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver”...

Torci o nariz, mas prossegui na leitura.

Utilizando exemplos das mais variadas escolhas que podemos fazer ao longo da vida, o psiquiatra afirmava que “tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe escraviza” e que, do mesmo modo, a escolha de “viver sem laços (...) pode nos reter”.

Segundo ele: “O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. (...) Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho”.

Aos poucos fui percebendo a angústia do autor disfarçada naquele “pseudo-conformismo-risonho”, e fui me interessando mais pelos possíveis conflitos neuróticos que o impulsionavam do que propriamente pelo seu discurso.

Ao final, o médico afirmou que “não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes. Nosso crime é estar vivo (?) e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós – nascer – (hein???!!!) foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria e exclusão”; e fechou com a máxima: “Brindemos: temos todos, cela especial”.

Numa boa, não era a primeira vez que discordava de um psiquiatra (!), mas ao final do texto, ao ler aquele desfecho, apesar de respeitar muitíssimo o ponto de vista do “pobre encarcerado”, senti-me compelida a compartilhar da minha opinião com vocês.

Vejam só: curiosamente, naquela mesma semana, havia lido um artigo muito interessante de um psicanalista paulista, elaborado a partir da apresentação em um congresso sobre os “desafios da clínica psicanalítica na atualidade” – tuuudo a ver com Direito Penal e em horário de expediente. Onde vou chegar com isso ainda não sei... –, que tratava de um assunto que me despertou profundo interesse – acompanhamento terapêutico –, e me arrebatou logo de início ao lançar a idéia de que “a nossa sociedade tende a dar espaços cada vez mais confinados e especializados aos nossos corpos... Se queremos andar – vamos ao parque, se queremos sonhar – vamos ao cinema, se queremos queixar – vamos ao terapeuta, se queremos esquecer – vamos ao psiquiatra, se queremos matar – vamos ao Iraque, se queremos enlouquecer – (silêncio), se queremos morrer – (silêncio). Bem vindos ao deserto do Real! A loucura e a morte parecem ser os últimos diques de confrontamento com o Real”.

Ih... Papo para muitos chopps.

De qualquer forma, apesar do artigo tratar especialmente dessa nova forma de intervenção clínica – através do qual um sujeito (AT) passa a acompanhar alguém com algum sofrimento psíquico intenso, geralmente psicóticos, na circulação pelos espaços que formam o campo social –, por não ser da área médica e, talvez, por estar atravessando um momento importante do meu processo psicanalítico, acabei sendo levada a uma reflexão sobre a liberdade de cada um de nós e, o que, de fato, estamos dispostos a fazer com ela.

Não tenho dúvidas de que somos seres absolutamente livres para fazermos o que quisermos de nossas vidas, exceto abdicarmos da própria liberdade que temos. Isso porque, ainda que quiséssemos renunciar à liberdade, seria esta restrição o resultado de um ato volitivo, de uma escolha determinada pela nossa própria vontade – podendo ser revista a qualquer tempo –, razão pela qual continuaríamos livres!

Somos livres para escolher e, da mesma forma, livres para viver uma vida inteira, se quisermos, abrindo mão de nossas escolhas, permitindo que as façam por nós. Contudo, vale lembrar que escolher “não escolher” não deixa de ser uma escolha possível daquele que se encontra no pleno exercício da sua liberdade...

Por isso, a liberdade, a meu ver, não é mera abstração, como sugere o psiquiatra, mas sim e antes de tudo, uma faculdade da qual somos todos dotados. Um poder irrenunciável. E considerando que somos seres em constante transformação – por estarmos sob influência permanente de fatores internos e externos ao nosso corpo – inevitável reconhecer o potencial de mutação dos nossos desejos, e, conseqüentemente, as infinitas possibilidades de escolhas que teremos diante de nós ao longo da vida.

E quer saber o que me assusta nessa história toda? Jogar no Google algumas palavras-chave sobre o tema, descobrir que não estou falando nenhuma novidade, e que Jean-Paul Sartre já dizia que a liberdade humana revela-se exatamente nessa angústia.

Para ele, o homem angustia-se diante de sua condenação à liberdade, porque está condenado a fazer escolhas. A responsabilidade pelas escolhas seria tão opressiva para o homem, que o faria criar escapatórias através de atitudes e paradigmas de má-fé, onde se alienaria de sua própria liberdade, mentindo para si mesmo através de condutas e ideologias que o isentassem da responsabilidade sobre as próprias decisões.

Definitivamente, é isso.

E vou além: isso ocorre porque poucos são aqueles que se permitem conhecer seus verdadeiros desejos (e repulsas) – que ora se modificam, ora se renovam, ora se dissipam... –, motivadores da vontade, o que acaba por tornar ainda mais difícil qualquer decisão. Quando não se sabe ao certo o que lhe satisfaz verdadeiramente, qualquer escolha deflagrará um sentimento de vazio, de frustração, que remeterá inevitavelmente à idéia da prisão incondicional.

E nesse contexto, já que me empolguei com o Google, vale registrar que Descartes, lá nos idos de mil seiscentos e lá vai pedrada, já afirmava que “age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha”. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais benéfica – frente aos anseios e desejos de cada um –, mais fácil se torna a sua escolha.

E viva a psicanálise!!!

Por não conhecermos nossos desejos – e motivações – acabamos fugindo das nossas escolhas num grande esforço para evitar a frustração. E ficamos inertes. Passivos. Tristes. Não nos damos conta de que, no final das contas, só acerta quem age. E somente a ação gera alegria. Por isso é essa a escolha mais acertada: a escolha de agir, de escolher!

A alegria é a expressão do prazer de estar vivo. Vida que tem sentido. Vida que é vivida em liberdade. E a frustração – o erro ou o pecado – é sempre uma possibilidade na vida dos que agem, dos que escolhem, dos que vivem a vida na plenitude de sua liberdade.

E somos livres para nos arrepender, para voltar atrás, para recomeçar...

Quem foge do sofrimento, foge da vida. E não há melhor imagem para essa máxima do que aquela retratada no filme do Wim Wenders, “Asas do Desejo”, no qual um anjo, diante do chamado do amor, resolve se deixar levar, tendo que abandonar sua condição de anjo e optar pela existência humana. O processo desta transformação tem inicio quando ele se abandona em queda livre, do alto de uma torre, e se deixa espatifar no chão. Ao se levantar, observa com surpresa um corte em sua testa, de onde escorre um líquido vermelho, quando então reconhece estar vivo.
Todas as escolhas são essencialmente boas e ruins, até porque excludentes. E o valor da liberdade estará apenas no olhar daquele que escolhe viver.

Nem a estabilidade, nem a instabilidade nos tornam livres, uma vez que a liberdade é anterior a elas. A liberdade é intrínseca à nossa existência e nos permite simplesmente decidir, o que quer que seja.

Ser livre é ter a possibilidade de dar a si mesmo as regras a serem seguidas (Kant) – ainda que a regra seja a renúncia a todas as regras. Somos livres para sermos livres ou prisioneiros de nós mesmos. Somos livres para sermos felizes ou tristes. Somos livres para viver. Somos livres para morrer. Somos livres para escolher, escolher e continuar escolhendo nosso próprio caminho.

Filosofópolis, Psicolândia e Outras Viagens

Há algumas semanas, recebi o e-mail de um grande amigo com um “convite” à reflexão sobre a entrevista de um psiquiatra gaúcho, intitulada “A prisão de cada um”, no qual o médico sustentava que “o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver”...

Torci o nariz, mas prossegui na leitura.

Utilizando exemplos das mais variadas escolhas que podemos fazer ao longo da vida, o psiquiatra afirmava que “tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe escraviza” e que, do mesmo modo, a escolha de “viver sem laços (...) pode nos reter”.

Segundo ele: “O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. (...) Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho”.

Aos poucos fui percebendo a angústia do autor disfarçada naquele “pseudo-conformismo-risonho”, e fui me interessando mais pelos possíveis conflitos neuróticos que o impulsionavam do que propriamente pelo seu discurso.

Ao final, o médico afirmou que “não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes. Nosso crime é estar vivo (?) e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós – nascer – (hein???!!!) foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria e exclusão”; e fechou com a máxima: “Brindemos: temos todos, cela especial”.

Numa boa, não era a primeira vez que discordava de um psiquiatra (!), mas ao final do texto, ao ler aquele desfecho, apesar de respeitar muitíssimo o ponto de vista do “pobre encarcerado”, senti-me compelida a compartilhar da minha opinião com vocês.

Vejam só: curiosamente, naquela mesma semana, havia lido um artigo muito interessante de um psicanalista paulista, elaborado a partir da apresentação em um congresso sobre os “desafios da clínica psicanalítica na atualidade” – tuuudo a ver com Direito Penal e em horário de expediente. Onde vou chegar com isso ainda não sei... –, que tratava de um assunto que me despertou profundo interesse – acompanhamento terapêutico –, e me arrebatou logo de início ao lançar a idéia de que “a nossa sociedade tende a dar espaços cada vez mais confinados e especializados aos nossos corpos... Se queremos andar – vamos ao parque, se queremos sonhar – vamos ao cinema, se queremos queixar – vamos ao terapeuta, se queremos esquecer – vamos ao psiquiatra, se queremos matar – vamos ao Iraque, se queremos enlouquecer – (silêncio), se queremos morrer – (silêncio). Bem vindos ao deserto do Real! A loucura e a morte parecem ser os últimos diques de confrontamento com o Real”.

Ih... Papo para muitos chopps.

De qualquer forma, apesar do artigo tratar especialmente dessa nova forma de intervenção clínica – através do qual um sujeito (AT) passa a acompanhar alguém com algum sofrimento psíquico intenso, geralmente psicóticos, na circulação pelos espaços que formam o campo social –, por não ser da área médica e, talvez, por estar atravessando um momento importante do meu processo psicanalítico, acabei sendo levada a uma reflexão sobre a liberdade de cada um de nós e, o que, de fato, estamos dispostos a fazer com ela.

Não tenho dúvidas de que somos seres absolutamente livres para fazermos o que quisermos de nossas vidas, exceto abdicarmos da própria liberdade que temos. Isso porque, ainda que quiséssemos renunciar à liberdade, seria esta restrição o resultado de um ato volitivo, de uma escolha determinada pela nossa própria vontade – podendo ser revista a qualquer tempo –, razão pela qual continuaríamos livres!

Somos livres para escolher e, da mesma forma, livres para viver uma vida inteira, se quisermos, abrindo mão de nossas escolhas, permitindo que as façam por nós. Contudo, vale lembrar que escolher “não escolher” não deixa de ser uma escolha possível daquele que se encontra no pleno exercício da sua liberdade...

Por isso, a liberdade, a meu ver, não é mera abstração, como sugere o psiquiatra, mas sim e antes de tudo, uma faculdade da qual somos todos dotados. Um poder irrenunciável. E considerando que somos seres em constante transformação – por estarmos sob influência permanente de fatores internos e externos ao nosso corpo – inevitável reconhecer o potencial de mutação dos nossos desejos, e, conseqüentemente, as infinitas possibilidades de escolhas que teremos diante de nós ao longo da vida.

E quer saber o que me assusta nessa história toda? Jogar no Google algumas palavras-chave sobre o tema, descobrir que não estou falando nenhuma novidade, e que Jean-Paul Sartre já dizia que a liberdade humana revela-se exatamente nessa angústia.

Para ele, o homem angustia-se diante de sua condenação à liberdade, porque está condenado a fazer escolhas. A responsabilidade pelas escolhas seria tão opressiva para o homem, que o faria criar escapatórias através de atitudes e paradigmas de má-fé, onde se alienaria de sua própria liberdade, mentindo para si mesmo através de condutas e ideologias que o isentassem da responsabilidade sobre as próprias decisões.

Definitivamente, é isso.

E vou além: isso ocorre porque poucos são aqueles que se permitem conhecer seus verdadeiros desejos (e repulsas) – que ora se modificam, ora se renovam, ora se dissipam... –, motivadores da vontade, o que acaba por tornar ainda mais difícil qualquer decisão. Quando não se sabe ao certo o que lhe satisfaz verdadeiramente, qualquer escolha deflagrará um sentimento de vazio, de frustração, que remeterá inevitavelmente à idéia da prisão incondicional.

E nesse contexto, já que me empolguei com o Google, vale registrar que Descartes, lá nos idos de mil seiscentos e lá vai pedrada, já afirmava que “age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha”. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais benéfica – frente aos anseios e desejos de cada um –, mais fácil se torna a sua escolha.

E viva a psicanálise!!!

Por não conhecermos nossos desejos – e motivações – acabamos fugindo das nossas escolhas num grande esforço para evitar a frustração. E ficamos inertes. Passivos. Tristes. Não nos damos conta de que, no final das contas, só acerta quem age. E somente a ação gera alegria. Por isso é essa a escolha mais acertada: a escolha de agir, de escolher!

A alegria é a expressão do prazer de estar vivo. Vida que tem sentido. Vida que é vivida em liberdade. E a frustração – o erro ou o pecado – é sempre uma possibilidade na vida dos que agem, dos que escolhem, dos que vivem a vida na plenitude de sua liberdade.

E somos livres para nos arrepender, para voltar atrás, para recomeçar...

Quem foge do sofrimento, foge da vida. E não há melhor imagem para essa máxima do que aquela retratada no filme do Wim Wenders, “Asas do Desejo”, no qual um anjo, diante do chamado do amor, resolve se deixar levar, tendo que abandonar sua condição de anjo e optar pela existência humana. O processo desta transformação tem inicio quando ele se abandona em queda livre, do alto de uma torre, e se deixa espatifar no chão. Ao se levantar, observa com surpresa um corte em sua testa, de onde escorre um líquido vermelho, quando então reconhece estar vivo.
Todas as escolhas são essencialmente boas e ruins, até porque excludentes. E o valor da liberdade estará apenas no olhar daquele que escolhe viver.

Nem a estabilidade, nem a instabilidade nos tornam livres, uma vez que a liberdade é anterior a elas. A liberdade é intrínseca à nossa existência e nos permite simplesmente decidir, o que quer que seja.

Ser livre é ter a possibilidade de dar a si mesmo as regras a serem seguidas (Kant) – ainda que a regra seja a renúncia a todas as regras. Somos livres para sermos livres ou prisioneiros de nós mesmos. Somos livres para sermos felizes ou tristes. Somos livres para viver. Somos livres para morrer. Somos livres para escolher, escolher e continuar escolhendo nosso próprio caminho.