terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sol-lhe-dão

(Fotografia “Arco do Teles” por José Antônio, Rio de Janeiro, 2009)
.
A minha querida amiga Marla de Queiroz nos presenteou hoje, em seu blog, com uma bela descrição da fisionomia da saudade. Ela desenha a lembrança do desejo, contorna aquilo que vai além, "ao desalcance dos olhos", preenche essa existência "ampliada pelo sol do amor" e pinta com uma "ternura escandalosa" o toque, o olhar, o cheiro, a voz daquele estrangeiro tão familiar cujo corpo insinua "mais que uma leitura, mais que uma dança, mais que comunhão". Mais e mais. Sempre mais.
.
Ela rabisca invenções, esboça outras que ainda serão inventadas para "namoramar em dialeto inexistente", borra com os "sussuruídos de Guimarães" tantos delírios poéticos daquela saudade familiar do que ainda virá, e nos convida, ao final, a uma experiência encantadora:
.
"Amores, dia 11/set, sexta-feira é dia da campanha DOE UM LIVRO. Já fizemos isto aqui uma vez e foi lindo! Funciona assim: escolha um livro que tenha lido e gostado, escreva uma dedicatória para um desconhecido (para que ele saiba que não foi perdido, que foi dado de presente) e abandone pela cidade, em algum lugar protegido em caso de chuva: ônibus, bar, cinema, enfim....Já separei o meu".

Lembrei do sol e estendo o meu convite a vocês.
Afinal, dar e receber não tem mistério.
A graça está em compartilhar. Acho.

4 comentários:

Anônimo disse...

Qual é o seu, que tá separado??

(só pra saber e se o vir...não perder a dedicatória)

bj

Anônimo

Isabela Dantas disse...

Com o coração apertado vou libertar Werther, de Goethe, na sexta-feira. E que a sua inspiração prossiga, avance, persevere!

E você? Já escolheu o seu?

Beijo.

Leonard M. Capibaribe disse...

Tantas vezes pensamos em saudade e muitas delas são quando tentamos esquecer. Mas saudade é muito bom de lembrar, difícil de ter e mais ainda de se esquecer.

Anônimo disse...

não achei seu livro...

bj

Anônimo

ps.: sumiu?