A minha querida amiga Marla de Queiroz nos presenteou hoje, em seu blog, com uma bela descrição da fisionomia da saudade. Ela desenha a lembrança do desejo, contorna aquilo que vai além, "ao desalcance dos olhos", preenche essa existência "ampliada pelo sol do amor" e pinta com uma "ternura escandalosa" o toque, o olhar, o cheiro, a voz daquele estrangeiro tão familiar cujo corpo insinua "mais que uma leitura, mais que uma dança, mais que comunhão". Mais e mais. Sempre mais.
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Ela rabisca invenções, esboça outras que ainda serão inventadas para "namoramar em dialeto inexistente", borra com os "sussuruídos de Guimarães" tantos delírios poéticos daquela saudade familiar do que ainda virá, e nos convida, ao final, a uma experiência encantadora:
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"Amores, dia 11/set, sexta-feira é dia da campanha DOE UM LIVRO. Já fizemos isto aqui uma vez e foi lindo! Funciona assim: escolha um livro que tenha lido e gostado, escreva uma dedicatória para um desconhecido (para que ele saiba que não foi perdido, que foi dado de presente) e abandone pela cidade, em algum lugar protegido em caso de chuva: ônibus, bar, cinema, enfim....Já separei o meu".
Lembrei do sol e estendo o meu convite a vocês.
Afinal, dar e receber não tem mistério.
A graça está em compartilhar. Acho.
4 comentários:
Qual é o seu, que tá separado??
(só pra saber e se o vir...não perder a dedicatória)
bj
Anônimo
Com o coração apertado vou libertar Werther, de Goethe, na sexta-feira. E que a sua inspiração prossiga, avance, persevere!
E você? Já escolheu o seu?
Beijo.
Tantas vezes pensamos em saudade e muitas delas são quando tentamos esquecer. Mas saudade é muito bom de lembrar, difícil de ter e mais ainda de se esquecer.
não achei seu livro...
bj
Anônimo
ps.: sumiu?
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