Diálogo travado nos arredores de Isabelolândia:
- A distinção entre o auto-erotismo e o narcisismo para mim ainda é nebulosa. Se o ego é fundado no momento estrutural do narcisismo, como podemos falar em “auto-erotismo” em uma fase anterior ao surgimento do eu?
- Acho que o “auto” aí se refere à atividade de cada parte do corpo conectada às suas próprias satisfações. Uma satisfação das pulsões sexuais de forma não organizada, anárquica, se encerrando em si mesmas, entende?!
- Sim, sim. Então, quando Freud fala em pulsões libidinais patológicas...
Alguém interrompe:
- Pulsões libidinais patológicas???
- Não, não! Eu quis dizer narcisismo patológico!
O silêncio irrompe a sala.
- Acho que o “auto” aí se refere à atividade de cada parte do corpo conectada às suas próprias satisfações. Uma satisfação das pulsões sexuais de forma não organizada, anárquica, se encerrando em si mesmas, entende?!
- Sim, sim. Então, quando Freud fala em pulsões libidinais patológicas...
Alguém interrompe:
- Pulsões libidinais patológicas???
- Não, não! Eu quis dizer narcisismo patológico!
O silêncio irrompe a sala.
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E do silêncio vem o grito:
- Ah, não liga, não... Tesão é um negócio “super-patológico” mesmo...
- Ato falho... - diz ele rindo.
- O teu é. O meu não - diz ela - Saco. Maldito sintoma...
- Ah, não liga, não... Tesão é um negócio “super-patológico” mesmo...
- Ato falho... - diz ele rindo.
- O teu é. O meu não - diz ela - Saco. Maldito sintoma...
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Voltemos ao texto.
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