quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

La perte

"A Rose" por Nefertiti Smenkare, Canadá, 2010.

"IX.
Rose, toute ardente et pourtant claire,
que l'on devrait nommer reliquaire
de Sainte-Rose..., rose qui distribue
cette troublante odeur de sainte nue.

Rose plus jamais tentée, déconcertante
de son interne paix; ultime amante
si loin d'Ève, de sa première alerte -,
rose qui infiniment possède la perte".

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

"IX.
Rosa, toda ardente e clara todavia,
que deveria se chamar relicário
de Santa-Rosa..., rosa que irradia
esse cheiro perturbador de santa nua.

Rosa nunca mais tentada, desconcertante
por sua paz interna; derradeira amante
tão longe de Eva, de seu  primeiro alerta -
Rosa que contém a queda infinitamente".

("As Rosas", Rainer Maria Rilke, 3ª ed., tradução de Janice Caiafa. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p. 34/35)

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