terça-feira, 2 de novembro de 2010

Noz

Cimitarra de Sandokan. Foto: Blog Mordaz.
"Estava sentado há alguns minutos, com o olhar fixo na lâmpada e as mãos fechadas nervosamente em torno da rica cimitarra que pendia de uma larga faixa de seda vermelha, apertada em volta de um jaquetão de veludo azul com frisos de ouro. 
Um aguaceiro formidável que sacudiu a grande cabana até a base o arrancou bruscamente daquela imobilidade. Jogou para trás os cabelos longos e cacheados, prendeu na cabeça o turbante enfeitado com um diamante esplêndido, grande como
uma noz, e se levantou de um salto, lançan-
do em torno um olhar no qual se lia um.não.
sei quê de sinistro.e ameaçador"..............

E firme como o rochedo que o sustentava diante do mar agitado, antes que reconhecesse Yanez e brindasse a sua chegada com dois copos cheios de um líquido cor de âmbar, vi tombarem diante de mim dois bravos piratas vencidos pelo mais profundo e delicioso sono.  

("Os Tigres de Mompracem", Coleção Piratas da Malásia, de Emílio Salgari, São Paulo: Iluminuras, 2008, p. 18)

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