sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ei-la!

(Relevo em mármore de Gradiva exposto no Museu Chiaramonti do Vaticano, em Roma, que inspirou o romance de Wilhelm Jensen, "Gradiva - uma fantasia pompeiana", 1903)

Sabe aquele livro que vem até você e, majestosamente, passa à frente de todos os outros que estão enfileirados há tempos, novinhos, intactos, esperando apenas uma chance de ocupar aquele lugar tão almejado na sua cabeceira?
Pois é. Ele chegou.    

"Ao visitar uma das grandes coleções romanas de antigüidades, Norbert Hanold descobrira um baixo-relevo que o impressionara excepcionalmente. Alegrou-se de poder encontrar, na volta à Alemanha, uma excelente cópia dele. Alguns anos depois, esta encontrava-se em lugar privilegiado em seu gabinete de trabalho, cujas paredes estavam quase que inteiramente revestidas de prateleiras cobertas de livros; a luz caía diretamente sobre o relevo, e o sol poente o iluminava durante alguns instantes. A escultura representava, de pé, uma mulher caminhando".

(Primeiras linhas de "Gradiva - uma fantasia pompeiana", de Wilhelm Jensen, tradução de Ângela Melim, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987, p. 11)

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