terça-feira, 30 de março de 2010

Travessa

(Spa do Vinho Caudalie, Bordeaux, França, 2008. Primeiro Spa enoterápico do mundo, onde os amantes do bom vinho têm a oportunidade de, entre outras coisas, criar a sua própria garrafa. Derrubá-la depois. E se reinventar talvez. Foto: Divulgação)
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Menina traquina, sapeca, travessa. Sozinha que só. Queria amor que não vinha. Que não a via. Não ha-via. Queria se dar a ver. A tocar. A levar. Levada. Deu a cara a tapa. A mão à palmatória. O braço a torcer. Das tripas fez um coração. Que bateu. E doeu. Que só. Ressentimento. Velho veneno guardado. Não digerido, não expulsado. No meio do caminho. Ficou. Res-sentido. De volta. Revolta. Reviravolta. Agora via. Ha-via. A via. Que faltava. Falta que se deu a ver. Para tocar dali. E levar adiante. Amor que ha-via. Mulher travessa. Travessia.

2 comentários:

N. Ferreira disse...

Uau, adorei!
Talvez pelas minhas próprias travessias, talvez pela musicalidade bacana que agradou por aqui.
Um beijo!

Isabela Dantas disse...

Obrigada, querida!
Um beijão!