terça-feira, 2 de junho de 2009

Letra

(Fotografia de Howard Schatz, Ornstein Studio, An Intimate Alphabet, 1996, capturando a marca do efe. Do falo, da fala. De Freud)
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“Jean Allouch afirma que o luto freudiano é melancólico, que Freud ‘oferece ao enlutado a louca esperança de um reencontro do objeto perdido’...[14]: o objeto substituído. Não se pode reduzir o luto a um trabalho, ‘devemos tomá-lo no nível do ato, da perda seca onde já não há nenhuma compensação. Deixar o morto à sua morte’. Há em Freud e Lacan vigor e atualidade. Temos de atravessar qualquer ilusão de eleição para que tomemos do morto o legado que é sua letra. Já não se trata de encontrá-lo no deserto, nós o encontraremos em seu lugar na psicanálise”.
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(Abílio Ribeiro Alves. Trecho "Do luto e da transmissão" in Opinião Acadêmica, Rio de Janeiro, n.º 376, 2004, apud Jean Allouch. Erótica do luto no tempo da morte seca. RJ: Cia. de Freud, 2004, p. 171)

2 comentários:

Leonard M. Capibaribe disse...

Digo logo que me revolto com a sua capacidade de postar coisas que fazem todo o sentido para mim... =)
Mais uma vez... Realmente interessante e cativante o que você posta... Inteligente como nenhum outro blog...

Isabela Dantas disse...

Caro Leonard,

Muito obrigada pela leitura e pelas palavras!
E não se revolte! Aproveite para embarcar nessa viagem também!

Um abraço,
Isabela