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“Ela não teria dito nada, não teria olhado nada. Diante do homem sentado no corredor escuro, encerrou-se debaixo das pálpebras. Através delas vê transparecer a luz emaranhada do céu. Sabe que ele a olha, que ele vê tudo. Sabe isso de olhos fechados, assim como o sei eu, eu que olho. Trata-se de uma certeza.
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O homem ainda teria esperado.
E então ela teria conseguido. Tamanha é a força do sol que para suportá-la ela grita. Morde a região do braço já rasgada do vestido e grita. Chama um nome. E que venha”.
E então ela teria conseguido. Tamanha é a força do sol que para suportá-la ela grita. Morde a região do braço já rasgada do vestido e grita. Chama um nome. E que venha”.
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(Marguerite Duras, O Homem Sentado no Corredor in “O Homem Sentado no Corredor; A Doença da Morte”. São Paulo: Cosac Naify, 2007, p. 14 e 18)
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