quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Trem

(Fotografia de Vasco Abrunhosa)
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Cigarro
(Zeca Baleiro)
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A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver, meu bem
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Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
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Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem...
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
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O amor é pedra no abismo
A meio-passo entre o mal e o bem
Com meus botões à noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?
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Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?
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Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem...
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu

2 comentários:

AugustoMaio disse...

Poema bonito e fotografia maravilhosa, misto de suspense e realidade.

Isabela Dantas disse...

Bem parecido com o que a vida é...

Um abraço.