quinta-feira, 28 de maio de 2009
Aposta

Aposta

quarta-feira, 27 de maio de 2009
Amor-Próprio

Amor-Próprio

segunda-feira, 25 de maio de 2009
Causa

Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
("Sísifo" in Diário XIII, Miguel Torga, Coimbra, 27.dez.77)

Causa

Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
("Sísifo" in Diário XIII, Miguel Torga, Coimbra, 27.dez.77)

quinta-feira, 21 de maio de 2009
Amar a Esperança
Quanta incerta esperança, quanto engano!
Quanto viver de falsos pensamentos,
pois todos vão fazer seus fundamentos
só no mesmo em que está seu próprio dano!
.
Na incerta vida estribam de um humano;
dão crédito a palavras que são ventos;
choram depois as horas e os momentos
que riram com mais gosto em todo o ano.
.
Não haja em aparências confianças;
entendei que o viver é de emprestado;
que o de que vive o mundo são mudanças.
.
Mudai, pois, o sentido e o cuidado,
somente amando aquelas esperanças
que duram para sempre com o amado.
(Luís Vaz de Camões, soneto "Quanta incerta esperança, quanto engano!")

Amar a Esperança
Quanta incerta esperança, quanto engano!
Quanto viver de falsos pensamentos,
pois todos vão fazer seus fundamentos
só no mesmo em que está seu próprio dano!
.
Na incerta vida estribam de um humano;
dão crédito a palavras que são ventos;
choram depois as horas e os momentos
que riram com mais gosto em todo o ano.
.
Não haja em aparências confianças;
entendei que o viver é de emprestado;
que o de que vive o mundo são mudanças.
.
Mudai, pois, o sentido e o cuidado,
somente amando aquelas esperanças
que duram para sempre com o amado.
(Luís Vaz de Camões, soneto "Quanta incerta esperança, quanto engano!")

sexta-feira, 15 de maio de 2009
Melodia
."Meu coração não mudou. O coração de meu pensamento não mudou. Evoluiu, decerto, com o que me ensinaram meus mestres e meus livros. Evoluiu com o que me ensinaram meus alunos. Evoluiu com o que a trama da vida me ensinou. Mas evoluiu como quem sobe os degraus de uma escada, mas levando consigo os degraus já galgados. Evoluiu, não como quem acrescenta conhecimentos a conhecimentos, mas como quem realiza a comunhão desses conhecimentos, fundindo-os num só conhecimento de nível mais elevado, conjugando-os para que formem um só todo, uma só organização, uma só melodia."
.
(Goffredo Telles Jr., in "A Folha Dobrada - Lembranças de um Estudante", Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.125)

Melodia
."Meu coração não mudou. O coração de meu pensamento não mudou. Evoluiu, decerto, com o que me ensinaram meus mestres e meus livros. Evoluiu com o que me ensinaram meus alunos. Evoluiu com o que a trama da vida me ensinou. Mas evoluiu como quem sobe os degraus de uma escada, mas levando consigo os degraus já galgados. Evoluiu, não como quem acrescenta conhecimentos a conhecimentos, mas como quem realiza a comunhão desses conhecimentos, fundindo-os num só conhecimento de nível mais elevado, conjugando-os para que formem um só todo, uma só organização, uma só melodia."
.
(Goffredo Telles Jr., in "A Folha Dobrada - Lembranças de um Estudante", Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.125)

domingo, 10 de maio de 2009
Em meu Altar
Novo dia
Sigo pensando em você
Fico tão leve que não levo padecer
Trabalho em samba e não posso reclamar
Vivo tocando só para te cantar
.
Todo dia
Sigo pensando em casar
Juntar as rimas como um pobre popular
Subir na vida com você em meu altar
Sigo cantando só para te tocar
.
É o bonde do dom que me leva
Os anjos que me carregam
Os automóveis que me cercam
Os santos que me projetam
Nas asas do bem desse mundo
Carregam um quintal lá no fundo
A água do mar me bebe
A sede de ti prossegue
A sede de ti...
("O Bonde do Dom", Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, do álbum Universo ao Meu Redor, EMI, 2006)

Em meu Altar
Novo dia
Sigo pensando em você
Fico tão leve que não levo padecer
Trabalho em samba e não posso reclamar
Vivo tocando só para te cantar
.
Todo dia
Sigo pensando em casar
Juntar as rimas como um pobre popular
Subir na vida com você em meu altar
Sigo cantando só para te tocar
.
É o bonde do dom que me leva
Os anjos que me carregam
Os automóveis que me cercam
Os santos que me projetam
Nas asas do bem desse mundo
Carregam um quintal lá no fundo
A água do mar me bebe
A sede de ti prossegue
A sede de ti...
("O Bonde do Dom", Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, do álbum Universo ao Meu Redor, EMI, 2006)
