quinta-feira, 19 de novembro de 2009

("Nu na Água", Salvador Dalí)
."A Pilar, como se dissesse água"
.
(José Saramago, dedicatória a Pilar del Río em "Caim", São Paulo: Companhia das Letras, 2009)

"Uma mulher é, para um homem, um sinthoma. Um homem é, para uma mulher, pior que um sintoma, uma aflição".
(Jacques Lacan, "O Seminário, Livro 23 - O Sinthoma", Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, p. 101)

E é nessa aflição, nesse vazio, nessa falta que as palavras fazem, nesse lugar vago dele, nesse embaraço de letras silenciadas, engasgadas, titubeantes, nessa espera, por ele, é que sou, simplesmente, mulher.
("Nu na Água", Salvador Dalí)
."A Pilar, como se dissesse água"
.
(José Saramago, dedicatória a Pilar del Río em "Caim", São Paulo: Companhia das Letras, 2009)

"Uma mulher é, para um homem, um sinthoma. Um homem é, para uma mulher, pior que um sintoma, uma aflição".
(Jacques Lacan, "O Seminário, Livro 23 - O Sinthoma", Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, p. 101)

E é nessa aflição, nesse vazio, nessa falta que as palavras fazem, nesse lugar vago dele, nesse embaraço de letras silenciadas, engasgadas, titubeantes, nessa espera, por ele, é que sou, simplesmente, mulher.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O grito


(Lenine interpretando "O que é Bonito" no Acústico MTV, 2006)
É bonito. E dói.

O grito


(Lenine interpretando "O que é Bonito" no Acústico MTV, 2006)
É bonito. E dói.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Subwoofer

("Music" por Sakeinusesa, Lituânia, 2008)

Como é fácil ser feliz ao lado de caixas de som subwoofer.
Depois dizem que é difícil entender as mulheres...

Subwoofer

("Music" por Sakeinusesa, Lituânia, 2008)

Como é fácil ser feliz ao lado de caixas de som subwoofer.
Depois dizem que é difícil entender as mulheres...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Impossível


"O Imaginário é precisamente definido por sua coalescência (sua cola), ou ainda seu poder de manchar: nada da imagem pode ser esquecido; uma memória extenuante impede de se sair à vontade do amor, enfim de morar nele comportadamente, razoavelmente. Posso até imaginar alguns procedimentos para obter a circunscrição dos meus prazeres (converter a raridade da freqüência no luxo da relação, à moda epicuriana; ou ainda, considerar o outro como perdido, e a partir de então saborear, cada vez que ele volta, o alívio de uma ressurreição), é trabalho jogado fora: o grude amoroso é indissolúvel; ou se agüenta ou se sai: dar um jeito é impossível (o amor não é nem dialético nem reformista)".
.
(Roland Barthes, "Fragmentos de um Discurso Amoroso", Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995, p. 45)

Impossível


"O Imaginário é precisamente definido por sua coalescência (sua cola), ou ainda seu poder de manchar: nada da imagem pode ser esquecido; uma memória extenuante impede de se sair à vontade do amor, enfim de morar nele comportadamente, razoavelmente. Posso até imaginar alguns procedimentos para obter a circunscrição dos meus prazeres (converter a raridade da freqüência no luxo da relação, à moda epicuriana; ou ainda, considerar o outro como perdido, e a partir de então saborear, cada vez que ele volta, o alívio de uma ressurreição), é trabalho jogado fora: o grude amoroso é indissolúvel; ou se agüenta ou se sai: dar um jeito é impossível (o amor não é nem dialético nem reformista)".
.
(Roland Barthes, "Fragmentos de um Discurso Amoroso", Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995, p. 45)